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THE INNER LIGHT X TAO TE CHING
(Amaro Moraes e Silva Neto)

(Edição nº 001, de 1º de outubro de 2010.)

Mil e novecentos e sessenta e sete.

Ano emblemático.

Veio à tona o psicodelismo, fruto das alucinações devidas à ingestão de drogas alucinógenas (notadamente o LSD, que exacerba as funções visuais e auditivas), misturando art nouveau com o Egito antigo.

A América nortista comemorava dois anos de massacres no Vietnã - contrariando o então bravo povo daquele País.

Os Beatles foram à Índia… - é aqui começa a minha história.

A partir de então um monte de coisa aconteceu para a geração que vivia aquele ano. E, entre essas, se destaca o resultado da viagem realizada pelos Four Fab ao Oriente.

A par de ter sido uma ocasião de grande produtividade e criação para Lennon e McCartney, no que diz respeito à “espiritualidade” que envolvia o evento, o resultado foi NULO.

As meditações que tiveram vez em Rishikesh, na Índia, com o guru Maharishi Mahesh Yogi, tinham como objetivo livrar os Beatles e sua entourage de todas as obrigações e aflições de seu mundo. Acontece que a “meditação” não durou o tempo previsto e a moçada de Liverpool foi embora. Primeiramente Ringo, com aparentes problemas intestinais, seguido por McCartney. Algumas semanas depois, Lennon e Harrison também retornaram à Inglaterra.

A razão determinante de Lennon a justificar a sua volta foi o fato de ter constatado que Maharishi Mahesh Yogi era uma farsa, o que, segundo ele se confirmou com seu assédio a Mia Farrow (ex-esposa de Frank Sinatra e de Woody Allen, que se tornou conhecida por sua atuação em O Bebê de Rosemary).

Quem apreciar SEXY SADIE, de autoria de John Lennon, vai se aproximar de alguns detalhes desta nebulosa história. Ah... mais uma coisinha: John Lennon havia nominado esta música como MAHARISHI. Porém os Beatles vetaram este título.

A par do ceticismo de John Lennon, George Harrison ficou profundamente influenciado pelo que vivenciou nesta viagem. E a história do hare krishna passou a ser fator determinante em sua vida.

E uma vez que o Tempo não para, em 1968 os Beatles lançaram um compacto simples1 com as músicas LADY MADONA (lado A) e THE INNER LIGHT (lado B).

THE INNER LIGHT foi uma das raras composições de Harrison que integrou um album dos Beatles. Trata-se de uma linda melodia, cuja originalidade é incontestável. No entanto o mesmo não pode ser ditto em relação à sua letra. George Harrison buscou sua “inspiração” numa das mais importantes obras da velha China, o TAO TE CHING, um livro de provérbios que se tornou fonte de inspiração para, por exemplo, o taoísmo e o budismo.

Seu autor é conhecido como Velho Mestre – ou Lao Tse - e teria vivido durante a dinastia Zhou (por volta do sexto Século antes de Cristo), consoante reza a tradição.

Compare as letras:
TAO TE CHING
THE INNER LIGHT
Para conhecer o mundo não é necessário viajar pelo mundo.
Pode-se conhecer o mundo sem nunca ter viajado.
Pode-se conhecer os segredos do mundo sem olhar pela janela.
Quanto mais distante alguém divaga menor é o seu saber.
Portanto o sábio alcança a sabedoria sem erudição;
Alcança a sua meta sem se debater;
Identifica as coisas sem as ver;
Conquista sem intervir.
Assim termina sua jornada sem viajar.












Sem sair da minha porta
Eu posso conhecer todas as coisas do mundo
Sem olhar pela janela
Eu posso conhecer todos os caminhos do paraíso

O grande apenas viaja...
O pequeno apenas sabe...
O pequeno realmente sabe...

Sem sair da tua porta
Tu podes conhecer todos as coisas do mundo.
Sem olhar pela tua janela
Tu podes conhecer todos os caminhos do paraíso.

O grande apenas viaja...
O pequeno apenas sabe...
O pequeno realmente sabe...

Volte sem sair...
Veja tudo sem olhar...
Faça qualquer coisa sem fazer...



¡Saudações!


AMARO MORAES E SILVA NETO









REFERÊNCIAS

1 Não confundir com compact disk.

Compactos eram os discos de vinil que tinham os dois lados gravados. Podiam ser simples (uma música de cada lado) ou duplo (duas músicas de cada lado). Seu diâmetro era de aproximadamente 18 cm. Sua rotações eram de 33 por minuto (padrão brasileiro) ou 45 (padrão américo-nortista e europeu).